quarta-feira, 8 de junho de 2011

Futuro na Turquia: Mais felicidade ou mais medo?

Não sei se deu para entender muito bem o título do post.

Mas o que eu quis me perguntar é o que mais sinto em relação ao meu futuro na Turquia.
Se sinto mais medo, ou se me sinto mais feliz. Porque bem, tenho planejado, e vivido os meus dias
em função da minha mudança para Istambul, no ano que vem.

Ficar feliz é normal. Ter medo também é normal. Mas qual a porção dos dois?
Será que são iguais, será que um é maior do que o outro. Se o medo for maior?
E se  a felicidade e a esperança forem maiores? O que fazer com tudo isso?

Moro com meus avós desde os 3 anos de idade, e bem, eles já criaram seus próprios filhos.
Já estão cansados, têm certa e idade e não tem mais que ficar cuidando para sempre de uma menina de 23 anos de idade. Minha mãe mora em Portugal. Meu pai tem sua vida, com sua esposa e meu irmão.
Acho então que está na hora de eu seguir meu caminho e conseguir meu espaço no mundo.

Desde então tenho trabalhado, juntado dinheiro, me comunicando com embaixadas, governo do Brasil, governo da Turquia, pra saber sobre reconhecimento do meu diploma, já que me formo este ano. Tenho mandado e-mails paras as universidades turcas (Koç, Marmara, Istanbul,  Sabancı...) procurando bolsa de estudos. Tenho ligado, contactado, enviado sinais de fumaça, pra todas as instituições estudantis que eu achar. E é tudo muito difícil e demorado. De concreto, até agora, não tenho nada.
De qualquer forma, meus planos não pararam, e ano que vem, entre Janeiro e Março eu devo estar morando na minha casa em Istanbul.

Claro que nada disso seria possível sem a ajuda que eu vou encontrar lá do Emre, da Yaren (que vai ser minha roommate), minhas amigas brasileiras de sempre, e minha família e amigos daqui.

Mas batem mil coisas na cabeça. O país é lindo pra passar férias, foi tudo mágico por lá.
Mas como vou andar pelas ruas, pegar ônibus, ir no supermercado, trabalhar por lá...? É uma rotina  que já pode assustar pra quem vai morar sozinho pela primeira vez. Que dirá um país estrangeiro, e que se quer falam espanhol ou inglês. Se mata, Jessica!

E eu fico oscilando nessas sensações estranhas. As vezes fico toda chorosa, pensando que talvez na próxima vez que eu voltar ao Brasil (que não sei quando vai ser, afinal a passagem não está barata), as coisas já não vão mais ser as mesmas. Talvez pessoas tão presentes na minha vida, já não estejam mais aqui quando eu voltar. Bate saudade, medo de ir, uma nostalgia profunda.

Outras vezes, tenho vontade de acelerar o dias, terminar logo a faculdade que eu não suporto mais, e ir para aquele país lindo, com roupas e sapatos baratos hahah, começar minha história, e ficar ao lado de quem eu amo e quero ter uma família um dia.

Não sei exatamente a quantidade de felicidade e medo que sinto. Os dois são fortes.
Só peço a Deus que o medo nunca seja absoluto e me paralize. E até agora não me paralizou.
Mas não a toa. Mas porque tenho alguém que me passa toda a confiança, que é meu amigo, que desde agora tem sido meu braço direito em tudo o que faço. Me apoiando a ser forte, acreditando em mim, tentando todos os meios que pode, lá na Turquia. Se não fosse isso, não pensaria em fazer essa 'loucura' e mudar toda a minha vida.

Ainda bem que tem sido assim. Que será que eu vou sentir ano que vem, nesse mesmo período.
Vamos esperar para ver.

3 comentários:

Relva Caroline Türk disse...

jessica, te digo q n vai ser facil. mas ai no brasil sem ele tb n tá né.
se precisar, tô ha 100km de distancia... mas to a disposição! :D

Relva Caroline Türk disse...

100 nao. mil :s

Jessica disse...

É, já estou sentindo que não vai ser nada fácil.
Acho que é meio que escolher, qual tristeza quero enfrentar: a tristeza de largar tudo, ou a tristeza de viver sem ele.

Brigada, brasileiras unidas, jamais serão vencidas. Tô aqui pro que precisar também. Beijos