terça-feira, 30 de agosto de 2011

Minha família e meu namorado virtual - Parte 1


Quando comecei a falar com o Emre, nem eu sabia se ia passar do virtual. Já falei com um número razoável de pessoas pela internet. Tenho amigos virtuais no Egito, na Inglaterra, no Peru, no Chile... e em certas épocas, falava por horas e horas com um amigo. Depois por algum motivo da vida real, nos afastávamos um pouco. Depois me aproximava mais de outro amigo. E a conversa com essa pessoa também diminuía. E assim sempre foi.

Naquele 28 de Janeiro, não sabia que encontraria a pessoa pela qual vou mudar de país, daqui há 6 meses.
Nos falávamos, riamos, conversávamos sobre tudo... eu vi aquele rosto lindo que ele tem pela primeira vez e me estremeci toda por dentro. Mas tudo bem, isso (ainda) não significava muito coisa. Não garantia absolutamente nada. E na verdade, nem tinha esse medo ainda... se iria efetivamente ou não dar emalguma coisa.

Assim que eu ficava online, procurava pelo Emre. E aparentemente ele me procurava também. Eu mal entrava no MSN e quase que automaticamente ele abria a minha janela para conversar. A partir daí, percebi que não era só eu que o achava lindo, que adorava sua compania... mas lá do outro lado, ele tinha algum interesse em mim também. Quando notei, comecei a sentir saudades dele nos finais de semana. Mas já? É, já. Saudades, saudades.
(já to eu contando nossa história, prometi pra mim que ia fazer um post só pra isso depois)

Começamos a fazer parte do dia-a-dia um do outro. Algo bonito, um sentimento bom, sabe? Não era só paquera. Era amizade, era entendimento, era parceria, misturado com saudade, vontade de pular pela tela do computador. Sempre que podíamos, conversávamos e nos víamos por webcam. Minha família entrava no meu quarto e lá estava eu, falando com ele. Minha família passou a conviver com ele também, a se acostumar com a "presença" dele sempre por perto.

Mas a coisa ficou real mesmo, mais sério mesmo, quando ele me enviou um presente de aniversário. Lembro que ele tinha passado o final de semana fora. Assim que o perguntei o que ele estava fazendo ele disse "Fui comprar um presente para a minha namorada". Eu confesso que não tinha levado muito a sério. Faço aniversário em Março e fazia até pouco tempo que nos falávamos. Mas um dia depois do meu aniversário (que tinha sido péssimo, por sinal), fui surpreendida com a encomenda que o tio dos correios trouxe. Minha vó entrou no meu quarto com um sorriso no rosto. E eu estática sem acreditar muito no que esteva acontecendo.

Tudo bem que era bonitinho acharmos que tudo aquilo um dia poderia até se tornar real. Mas ao ver algo concreto, que um dia esteve nas mãos dele, que ele escolheu pra mim, com o cheiro dele, com um carta com a letra dele, comigo, nas minhas mãos,  eu pude sentir um pouco o virtual, atravessar a tela do computador e se tornar um pouco mais real.

Ao abrir o meu pacote, minha vó também curiosa, ficou por perto pra ver o que tinha ali. Eu vi nos olhos dela um misto de confusão, com surpresa, com "nossa, que bonitinho", com "o negócio tá ficando até que sério mesmo". E junto com ela, tudo isso passava na minha cabeça também. Meu avô veio ver e soltou:
- O que é isso Edith? O garoto mandou presente pra ela? Ih, que coisa. 
E ficou lá com cara de bobo, perguntando o que era, admirado com o fato.

Mas tá, isso já era muito mais do que qualquer amizade virtual já fez por mim (eu até cheguei mandar uma carta e um presentinho para a minha amiga do Egito). Mas ainda poderia ser pouco demais, pra ser levado a tão a sério.

Com os meses, de quando em quando, meu avô vinha dar um tchauzinho pra ele aqui. Meu tio, vinha perguntar to Fenerbahçe (o time dele) ali. E tudo foi começando a entrar de leve, muito de leve, na cabeça do pessoal aqui em casa. Nessa altura, a coisa toda já era mesmo real pra mim, já tava tudo muito concreto na minha cabeça. Tinha mesmo a vontade estabelecida de que queria, de que precisava vê-lo. Mas não sabia se ou quando isso iria acontecer.

Até que mais pro final do ano, eu estava passando por uns problemas sérios na minha vida. Tinha perdido 7kg, perdido muitas provas na faculdade, tomava uns calmantes bem leves porque não conseguia dormir e tal. Para me animar, ele me mandou outro presente. Tinha ido ao cinema com 2 amigas assistir "Comer, rezar, amar" (amooo!), mas tinha chegado em casa ainda toda chorosa. E minha vó soltou a frase que salvou a minha noite:

- Jessica, tem uma surpresa pra você. (Ela disse com um sorrisão no rosto)
- Surpresa pra mim? (já com um sorrisinho) O quê que tem?
- Não sei, vai lá no seu quarto, tá em cima da sua cama...

Eu saí correndo da cozinha pro quarto, abri a porta. Tinha lá um caixotão escrito "Flores Online".
Flores, com a palavra ONLINE? Foi o Emre que mandou, claro! :D
Veio todo mundo correndo atrás de mim ver o que era o pacote. Ele ficaram a tarde todinha, doidos, esperando eu chegar em casa pra revelar o mistério do presente da Jessica. Ficou meu avô, meu tio e minha vó na porta do quarto. Eu não conseguia abrir, tinha um lacre muito forte e lá foi meu avô pegar a faca pra abrir bruscamente meu presente de uma vez. E ele dizendo sem parar...
- Foi o turco não foi? Foi ele, tenho certeza de que foi ele. Éééé, acho que ele gosta mesmo de você, né.
Minha vó rindo:
- É, o garoto tá com a bola cheia viu. É um príncipe.

Abri o pacote e lá estava esse presentão aqui:  
Uma caixinha amarela decorada, com nossa filha (rs) Nina, uma rosa bicolor colombiana, e uma linda carta.
Todo mundo ficou meio sem acreditar de que mais uma vez, ele fosse ma mandar um presente para mim. Já faziam muitos meses que nos falávamos. Ele é um doce de rapaz, sociável, carinhoso, simpático, sempre sorria pra todo mundo aqui em casa quando apareciam na câmera. Sempre soltava um "Oi, tudo bem?" e "Obrigado" carregado de sotaque turco. Ele estava sempre no meu dia-a-dia. De vez em quando me ligava no celular, pra ouvir um pouco a minha voz, ou pedir que eu entrasse online. E assim, à base de confiança, de tempo, de provas de quem ele era, de constância... minha família foi começando a entender como era esse negócio de namorado online. Nós não sabíamos ainda onde isso ia dar. Apenas sabíamos que alguma coisa real e sincera estava acontecendo.

Vou contar o resto no segundo post, que esse ficou grande.
Beijos beijos!

domingo, 28 de agosto de 2011

Você também tem blog?

Esse post não é pra dizer nada demais.

Só gostaria de fazer um pedido a quem passa por aqui.
De vez em quando eu me perco no links e comentários (que aliás, alguns faltam ser respondidos, vou resolver isso agora). Então se você tem um blog, que fale de você e um namorado/noivo/marido estrangeiro, me coloca o link aqui nos comentários por favor?

Tem muitos outros blogs que leio, dos mais diversos assuntos... mas pra relacionar melhor com meu blog, coloco ali do lado o endereço de blogs que tenham uma temática parecida. Tem alguns endereços que já me foram passados e eu acabei não colocando. Daí por favor, coloquem aqui nesse post que me organizo melhor.

Lembrando que, se tiver algum comentário que eu não respondi ainda, peço que desculpem a cabeça da pessoa aqui, que está a mil por hora, e que me relembrem que eu respondo tá?


Obrigada mais uma vez, e amanhã tem post novo ;)
Beijinhos

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Você vai se converter?

Geralmente, quando frequentamos assiduamente um templo religioso e começamos a pensar em ter alguém ao nosso lado para dividir a vida, queremos alguém que frequente aquele mesmo templo também. Que tenha a mesma religião que nós. Não é todo mundo que pensa assim logo de cara. Mas as muitas pessoas que não são tão ligadas assim em religião não pensam muito nesse assunto. Mas a verdade é que, mesmo que não demos tanta importância a isso, coisas assim podem fazer MUITA diferença no nosso dia-a-dia e até mesmo no sucesso do nosso relacionamento.

Digamos que você, acredita em Deus, mas não gosta muito de igreja, não ora, pouco se importa com as tradições e liturgias da sua religião. Daí você conhece um muçulmano e se apaixona por ele. No começo você até acredita que isso pouco terá influencia entre vocês dois e que podem levar isso perfeitamente, sem o menor problema. Eu acredito que é possível. Se não acreditasse, não estaria namorando um muçulmano.

Mas existem perguntas que é preciso fazer a si mesmo, e começar a pensar e repensar na cabeça, para ter certeza de que você é capaz entender. E entender não significa falar "Ah tá" com cara de raiva e esquecer. Aceitar não é falar mal pelas costas. Na minha concepção, aceitar é, ainda que você não goste, não entenda muito, saber que o ponto de vista do outro tem o seu valor. Não é legal ter raiva e criticar severamente a cultura ou religião de quem se ama.

É claro que todos temos o direito de gostar ou não do que bem entendermos. Gosto não se discute. Mas ao estar ao lado de alguém, e se você ama essa pessoa, precisa entender que o mundo dela é além das palavras de amor que ela te diz. Uma pessoa vem carregada de um passado, de erros, de acertos, de manias, de tradições, de ideias, filosofias, sentimentos, família... Estar com essa pessoa, e especialmente ao se casar com ela, você se casa com tudo essas outras coisas também. Sim você se casa com a família dela. Você se casa com a tradição dela. Você se casa com os defeitos dela.

Não que você tenha que assumir a mesma religião e viver as mesmas tradições. Mas é saber que aquilo ali faz parte de quem ela é hoje, de quem se tornou a ponto de você amá-la tanto. Então quando amamos, não dá só pra aceitar o que gostamos. Tem que aceitar até o que não gostamos.

Portanto se você vai namorar ou se casar com alguém tão diferente de você, aceite quem ele é assim como você gostaria que ele aceitasse você também.

Algumas perguntas que me fiz, e que acho que podem ser bem úteis, que ativaram bem a consciência da escolha que estou fazendo (estar apaixonada, nos faz esquecer que teremos dificuldades, como qualquer outra pessoa):

- Se eu quiser frequentar a minha religião, ele vai implicar com isso?


- Se ele quiser frequentar a religião dele, isso vai me incomodar?


- Conseguimos falar sobre nossas religiões sem brigar?


- Quais são as tradições dele?


- Se um dia, ele me convidar a ir ao templo religioso que frequenta, iria em paz porque o amo e o respeito, ou iria de cara fechada, quase que obrigada? Como ele agiria na situação oposta?


- Ele ou a família dele me obriga, ou faz algum tipo de pressão para que eu me converta? (Lembrando que no Islam, forçar alguém a se converter é pecado, além de que, não será sincero da parte de quem se converte. Logo, não vale de nada. E uma coisa é ele ser sincero e te confessar que um dia tem a vontade de que você se converta, outra coisa é fazer pressão psicológica)

- Se tivermos filhos, como vamos criá-los?


- Vou conseguir aceitar criar meus filhos na religião dele? Ele e a família dele vão aceitar se eu quiser criar meus filhos só na minha religião?


- Ok, conseguimos chegar num acordo e nossos filhão vão aprender sobre as 2 religiões ao mesmo tempo. Mas e os rituais, nossos filhos vão fazer parte dos 2? (Por exemplo, o menino muçulmano é circuncidado. As crianças na igreja católica são batizadas, ainda quando bebês. Na igreja evangélica, as crianças são apresentadas a Deus, e só se batizam quando forem maiores e tiverem consciência do que é batismo).

- Meus filhos vão participar de todos os rituais de ambas as religiões, só da minha ou só da religião dele?


- Nas datas festivas (Natal, Ramadan, Dia do Sacrifício, Semana Santa...), ambos aceitamos participar dessas comemorações?

E muitas outras perguntas, que podem até parecer pouco, quando se está apaixonado, e que dá a impressão de que tudo se ajusta muito fácil. Mas que precisam ser pensadas, para que depois, em um momento ou outro de brigas, não saiam palavras cheias de rancor sobre todas essas mudanças que aconteceram na vida de cada um. A facilidade que isso tem na vida, depende exclusivamente do casal. Da capacidade de amar e aceitar. Ou da dificuldade de entender.

Não é impossível! Muito pelo contrário. Existem muitos casais ecumênicos (de religiões diferentes) que estão aí para nos provar que o amor consegue sim conciliar as coisas. Mas cada um com seu cada um. O que é difícil pra um, é super fácil para você. O que funciona pra alguém, pode não funcionar para mim. Avalie-se. Conversem. Pergunte.

Só não vale depois que aquele êxtase de paixão adolescente diminuir um pouco, pela convivência do dia-a-dia, você começar a cair na realidade e se arrepender de não ter pensado nisso antes. Este é o meu conselho.

Agora tem uma segunda parte, muito importante. Falei das dificuldades em aceitar. Mas quero alertar sobre a facilidade demasiada ao aceitar as coisas.

Estar apaixonado, é um sentimento único, que tira seus pés do chão. Tudo se torna lindo, viver fica mais fácil, os problemas parecem até diminuir... é uma sensação maravilhosa, que nos faz até fazer coisas, que jamais pensaríamos em fazer. Quem está apaixonada aí levanta a mão! hahaha \o/

Com isso, muitas meninas se convertem por amor (ou revertem - como é dito no Islam. Eles acreditam que uma pessoa já nasce muçulmana. Então ela se reverte, e não se converte). Não critico de forma alguma quem se converte. Mas isso é preciso ser feito de coração, com toda a sua verdade. Porque você acredita, porque algo acontece dentro do seu coração, porque tem uma fé te move, e te faz querer viver dentro daquela religião. Isso é uma conversão genuína, e definitivamente aceita por Deus.

Mas nunca nunca nunca se converta, ou se diga convertida por conveniência. Porque assim você vai fazer o seu namorado ou marido te amar mais. Porque a família vai implicar, então é melhor se dizer convertida. Coisas assim, começam como algo sem importância, que você acha até que não tem problema, mas que lá na frente, podem gerar problemas que você poderia ter evitado se tivesse sido sincera consigo mesma.

Se converter é algo sério. É crer em algo novo. É viver um estilo de vida que implica na sua relação familiar, na relação com seus amigos, no modo de criar seus filhos, e como você leva sua vida. Pense assim: se você se converter ao ir morar no país muçulmano, ao voltar para o SEU país de origem, vai se arrepender? Vai conseguir levar adiante sua escolha, não importa quem esteja ao seu lado, ou onde você esteja?

Vale a reflexão. Cristãs, muçulmanas revertidas, muçulmanas de berço... sejam sinceras, de coração aberto pra entender diferenças. Tenham paciência quando surgirem os pequenos atritos. Conversem bastante, sobre tudo o que te preocupa. E acima de tudo, tome uma decisão consciente para não se sentir infeliz, e com sua infelicidade, não fazer quem te ama infeliz também.

Boa sorte a todas nós nas nossas escolhas, e que Deus nos ajude sempre a tomar decisões equilibradas.
O Alcorão e a Bíblia
Beijinhos

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Turcolovers em: Encontro no Jardim Botânico

Nessa vida de turcolover, acontece de tudo um pouco.
Uma das coisas mais legais, é conhecer outras turcolovers, trocar experiências e informações, conhecer outras pessoas na situação que um dia estive, na situação que me encontro, e na situação que um dia eu estarei.

Comecei com um sentimento louco e até passageiro, pra quem de fora via.
Buscava todos os tipos de informações possíveis. Lia sobre cultura, economia, religião, cultura pop, música.
Porque eu queria mesmo mergulhar nesse mundo novo, que é a Turquia.
Aliás, como já disse antes, é preciso ler, procurar saber, conversar. Não adianta saber que a religião da Turquia é o Islam, não sabendo o que é o Alcorão e querer ir morar lá. Não dá para querer se casar com um turco (porque apesar de coisa de conto de fada, casamento é coisa séria, é uma nova família sendo formada, e não apenas um sonho colorido) e não ter a menor noção sobre a história do país, dos costumes, da religião.
Até saber quase tudo (porque tudo, acho que ninguém nunca vai saber), leva tempo, tem que ter paciência e muita vontade de ir a luta. Tem que estar disposto a entender o que pode parecer incompreensível.

E olha que Turquia acho até bem light, nesse assunto. Existem lugares muito mais distintos.

Com relação à amizades, só tenho mesmo que agradecer a Deus. Com essas meninas corajosas, ganho altas dicas, rio, converso, me sinto mais forte e encorajada a voar lááá pro lado de lá.

E no último dia 30 de Julho, fizemos o CONCATUVE - Congresso Carioca de Turcolovers Veteranas *pausa para gargalhada de 5 minutos nesse título hahahahaha*
Ora veja você, minha amiga(o), um congresso com, pasme: QUATRO PESSOAS. É sensacional, foi difícil de organizar esse evento, os ingressos se esgotaram num piscar de olhos hahaha.

Decidimos por fazer um pic-nic no Jardim Botânico. Porque lá na Turquia o pessoal adora um pic-nic. Claro que o que eles comem é geralmente mais saudável. Frutas, legumes, bolos, doces... coisas típicas.
O nosso foi avacalhado mesmo, cheio de coisa que engorda... mas graças a Mari, saímos com a consciência mais limpa, já que ela trouxe frutinha, que foram roubadas por um meliante, mas conhecido como "Mico do jardim botânico" hahaha.

Nos encontramos na estação de Metrô de Botafogo e de lá, pegamos aquele ônibus integração que vai pro Jardim Botânico. O dia estava liiiiiiiiiiiiiiiindo, um calorzinho bom, com aquele ventinho, sabe?
Compramos suquinhos, água e Guaraná pra Mari, tadinha, que vai sentir falta. (Estou me preparando psicologicamente pra ficar sem Guaraná também :'/ )

Fomos AS PUXA-SACO, porque calhou de eu ter que devolver a Bandeira da Turquia que me foi emprestada pro aniversário do Emre, que fiz aqui no Rio. Colocamos a nossa bandeira rubro e alva (parece até time né haha) na borda da nossa mesa, forramos, colocamos nossas delicinhas, e olha, foram hoooooras de papo. Juro, a gente deve ter chegado lá em torno de 12:00. Só sei que o Parque tava fechando, as 17h, e eu tomei um susto achando que era sei lá, 15h. O tempo vôou mesmo, porque a tarde foi uma delícia.

Mari, eu e Gabi!
Bolo de Chocolate da Gabi, Quiche de Queijo e outra coisa que não vou dizer (rs), Frutinhas e Biscoitinhos da Mari, e Habib's que minha avó me obrigou a levar (eu ia cozinhar também, tá!)
Tia, tem um olho no meu salgadinho!
Assunto principal? Quem adivinhar ganha um doce. Foi um tal de Kadikoy pra lá, Çemberlitas pra lá (né Gabi haiuhauia), preço de aluguel prum lado, distribuição de pacotes de Nescafe Findik pro outro. Sempre com muita risada, muito carinho... Falamos de nossas vidas, nossas história. Foi mesmo um dia excelente e fiquei muito feliz.

Muambas culinárias que Mari trouxe!

Olha ali o menor infrator. (Pegaram a ameixa, colocaram  a 1mm do bichinho e disseram: "Foi ele que pegou moço, não fiz nada." Hahah, tadinho do mico)
Aliás, indico algo assim pra todo mundo. De preferência, com pessoas que saibam mais coisas do que você, que morem lá, já tenham ido, pra aprender mais um pouco da vida por lá, do custo das coisas, pra dar risada dos micos e aprender a não repetir essas coisas.

Obrigada pelo dia, vocês são umas queridas!

A quem interessar, um pouco de cada uma delas:


Gabi, nossa Diva de ébano, guia turística e guia-rex de todas as horas hahaha. Conheci ela através da Marcela. Elas ficaram morando juntas um tempinho lá na Turquia, arrasando os corações turcos, tinham que ver essas duas. É um amor de pessoa, guerreira, engraçada... quando Emre chegou no Brasil, todo dia eu perguntava a ela, dicas de coisas pra fazer no Rio e qual ônibus pegar hahaha. Suuuper me salvou e deu as melhores dicas ever. Desde então, grudamos também.






Mari, dona do primeiro blog sobre Turquia que eu li. Hoje o blog está desfeito, mas também através da Marcela, que conheceu a Mari quando tava na Turquia, somos amigas também. Mari mora lá há 5 anos, desde que foi noviiiiinha pra lá se casar. Hoje já está mais estabelecida por lá, e sempre que pode vem aqui matar as saudades da terrinha, da família e do Guaraná rs. Espero que seja também minha professora, antes de voltar pra Turquia nesse mês. Sabe a doçura mais doce ao falar? É a Mari :)


Pra terminar, um vídeo que fizemos imitando o quadro no Zorra Total, "Valéria e Janete".
Pronto, inventei de imitar a voz da Janete, e não tenho mais paz nessa vida, só isso que faço agora hahaha.


Minha mãe me liga, me chamando de Janete agora... tristeza isso, viu, vou te contar hahaha.
Beeeeeeeeeeeijos

terça-feira, 2 de agosto de 2011

O Famoso Chamado à Oração (Vídeo Meu)

Acho que todo mundo que conhece um muçulmano, ou que ao menos assista à novela O Clone, sabe que o muçulmano, teoricamente, deve orar 5 vezes ao dia. Teoricamente, porque claro que nem todo mundo faz.

Não vou me estender sobre esse assunto, já tem um post legal da Relva, falando sobre isso, dizendo inclusive o que é dito no 'athan' ou 'azan'(falado assim na Turquia) que é o nome pra essa chamada que ecoa pelas ruas de todo o país. Esse chamado é feito de acordo com a altura do Sol no céu. Você já deve ter percebido que de acordo com a cidade, o Sol se põe mais cedo ou mais tarde, o que faz que o 'azan' toque em horários diferentes em cada lugar do mundo. Mas dentro da mesma cidade, todas as mesquitas tocam o chamado exatamente ao mesmo tempo (através de uma gravação, OU de um muçulmano 'cantando' o chamado mesmo, isso pode variar).

O que é dito:
-Allāhu Akbar  (Deus é o Maior)
-Ash-hadu an-lā ilāha illallāh  (Testemunho que não há outra divindade além de Deus)
-Hayya 'alas-salāh  (Venha para a oração)
-Hayya 'alal-falāħ  (Venha para a salvação)
-Aṣ-ṣalātu khayru min an-naūm  (A oração é melhor que o sono *),
-Allāhu akbar  (Deus é o maior) 
-Lā ilāha illallāh  (Não há outra divindade além de Deus)

*dita na oração da madrugada.

Por exemplo, tem aqui a lista de horários das orações pra cidade do Rio de Janeiro. Isso também é útil, para o Ramadan, pra saber quando o jejum começa e quando ele termina. Tem 1001 blogs falando sobre Ramadan, então acho desnecessário falar mais. Se alguém quiser que eu poste alguma coisa a respeito, é só pedir, que eu posto tudo direitinho. Como funciona, o que tem que fazer, quanto tempo dura, quando começa, qual o significado, quais os benefícios... essas coisas todas.

Mas voltando ao chamado pra oração, para muitas pessoas é estranho ou até incômodo. Mas sendo sincera, quando ouvi pela primeira vez lá em Istambul, achei algo lindo. Fiquei muito emocionada, como se Deus chegasse na porta do céu, e chamasse a gente pra falar com ele. Ouvindo o chamado de pertinho, não é tanto assim, apesar de ainda achar lindo. Mas quando ouvi beeeeeeeem de longe, eu tive essa sensação...
parei, nem piscava e fiquei ouvindo com muita atenção, nem me mexia. Eu ouvi o chamado de 5 e pouca da manhã, e foi uma experiencia muito legal pra mim.

Escrevi isso aqui, mas eu queria mesmo era dividir um vídeo com vocês, quando ouvi o chamado pra oração bem de perto, pela primeira vez. Dá uma olhada, na diversidade de gente em volta. Algumas entraram pra orar, outras continuaram com o que estavam fazendo normalmente. Algumas mulheres de lenços, outras não, gente fumando, gente sentada conversando, gente fazendo vídeo (eu, a turista!). De tudo um pouco, mesmo.

Na mequisita Mecidiye em Ortakoy, em Istambul. Eu, namorado e nosso amigo Mustafa (é, muita gente se chama Mustafa por lá :p ) Essa daí aliás, é a famosa ponte de Bósforo, que liga a Europa a Ásia. Ortakoy é no lado europeu de Istambul. E foi mal aí no inglês, o certo é "This is the calling to PRAYER" e não 'praying' rs.

Beijos

ps: desculpa o atraso, mas andei colocando em dia a reposta aos comentários. Viu Katia, Renata, Dani, Marise... Se ficou alguma coisa que faltou eu responder, deixa um comentário aqui, que a desnaturada que vos  fala responde. Isso é claro, se fizerem questao, afinal ate parece que voces vao perder o sono se eu nao responder né rsrs, mas só pra não ser desatenciosa.